Os tumores do SNC como em qualquer outra região do corpo podem ser benignos ou malignos e independente dessa natureza podem provocar sintomas/sequelas graves devido a íntima ação que exercem nas nobres estruturas como o cérebro e medula espinal, por exemplo.

Ocorrem nos adultos e também na população pediátrica.

Os mais comuns são as metástases cerebrais, ou seja, lesões provenientes de doença primária de outros órgãos. Quando considerado o compartimento craniano, os sítios de origem mais comuns são: pulmão, pele, mama, trato gastrointestinal e rim. Quando consideramos a medula/coluna os principais são: mama, próstata e tireóide, entre outros.

Além dos tumores metastáticos, existem também os tumores primários do SNC, ou seja, aqueles que se originam das próprias células que compõem os seus órgãos. Cito em importância de frequência: meningioma, glioma, schwannoma, adenoma hipofisário, entre outros.

Os sintomas estão relacionados a um princípio de efeito de massa ou compressão, ou também de conflito entre conteúdo e continente. Ocorre que o encéfalo e a medula estão contidos em espaço pré-definido e inelástico delimitados pelos ossos do crânio ou da própria coluna e quando ocorre o aparecimento e crescimento de uma lesão, a estrutura que aí habitava passa a “dividir” espaço com a lesão que aumenta em volume progressivamente.

Os sintomas mais comuns são dor de cabeça (cefaleia), dor nas costas, crises convulsivas, comprometimento de força muscular, sensibilidade, visão, audição, deglutição, alteração da função urinária, alterações cognitivas (linguagem, comportamento, p.e.), entre outros.

O tratamento na maior parte das vezes envolve a ressecção cirúrgica e a depender da característica da doença, que é definida pelo resultado da biópsia, pode-se ainda indicar tratamento adjuvante com quimio e radioterapia.